terça-feira, 31 de maio de 2011

A dificuldade é recompensada!

Bom dia, amigos terráqueos!

Algo matutava em minha cabeça, ainda deitado na cama e prestes a acordar. Mas aqui no RJ tem feito um friozinho fora do comum e o caminho da cama até o computador foi meio tenso, rs. Demorei um pouco para sentar-me, só que pelo visto tinha que estar aqui escrevendo, pois já não é a primeira vez que sinto como se tivesse que expurgar um sentimento, registrá-lo em algum lugar. Bom, creio que este blog seja pra isso.

Estive pensando em nossas ruas, Brasil afora. Em grande parte, há nomes de pessoas que fizeram algo de bom no passado(ou ao menos fingiram que fizeram). Condes, Barões, Duques...E nós, reles humanos, estamos condicionados a crer que aqueles nomes, por estarem estampados em uma placa azul que nos direciona, são dignos de nossa lembrança. Ok. Muitos realmente muito fizeram pela pátria ou até além disso, mas e quem não conhecemos? Quem nunca tivemos a chance de conhecer a história?

Amigos, começo este texto dessa forma apenas para fazer um pararelo às grandes empresas que imperam no mercado da Pecuária, do Entretenimento e da Estética. Na sua grande maioria, não sabemos o trajeto que o seu idealizador teve que percorrer pra merecer ter sua marca estampada nas revistas e em outdoors. Não sabemos o quão árduo foi o caminho de seus colaboradores para a chegada ao topo dos grandes negócios. Quantos foram feridos, quantos ainda se ferem? Quantas VIDAS se perderam ao longo do caminho? E quando digo vidas, amigos, falo por nossos irmãos(com ou sem patas), amigos por natureza.

Ao conversar com vegetarianos e veganos e conhecer a trajetória de cada um, percebo o quanto foi difícil para cada um se desvencilhar dos antigos alimentos que foram consumidos no passado. É o hábito, não adianta. Somos máquinas(com corações belos), mas ainda assim, operacionalmente falando temos nossos vícios, nossos costumes.

Para alguns ovolacto vegetarianos é uma batalha para largar o tão amado queijo ou aquele ovinho frito feito pela mamãe entre duas generosas fatias de pão de forma quentinho. Imaginem para os ''onivoros'' qual é o sentimento de deixar de comer a salsicha da PERDIGÃO, o peito de frango da SEARA, ou aquele nugget maravilhoso da SADIA. Afinal, estas são empresas as quais sempre vimos os nomes estampados em todo lugar. Devem ser confiáveis, devem fazer um trabalho digno. Seu passado deve ter sido heróico, assim como aqueles que deram nome às ruas pelo Brasilzão afora. Não necessariamente, amigos.

Temos o direito de contestar. Temos a obrigação de ir a fundo na pesquisa pelo bem-estar animal, pela ética da VIDA! O ''trabalho''que dá ser vegano é totalmente recompensado com uma tonelada a menos nas costas. Com alegria e consciência limpa. Se a dificuldade está lhe abalando e está prestes a desistir, pense NELES. Sinta-se vulnerável ao trocar olhares com um cão que passe por você na rua. Troque de lugar com ele, por um instante e sinta-se julgado, diminuído, ridicularizado. Faça o mesmo, só que agora pensando em nossos amigos nas ''fazendas'' industriais e em todos os setores onde o animal é explorado.

A simples decisão em bloquear a entrada de alimentos oriundos da crueldade em seu organismo, leitor, fará com que o mundo em toda sua magnitude sorria em todas as manhãs. Todos os animais habitantes desta linda mãe-terra estarão contigo em pensamento, estarão lhe fortalecendo.

Que nos beneficiemos desta linda conexão entre todos os seres do planeta em que vivemos. Todos suplicam por ajuda, todos agradecem!

domingo, 22 de maio de 2011

Se suas vozes fossem escutadas...

Uns postam sobre futebol, outros sobre como a night vai bombar. Um tanto de gente fala sobre a infelicidade da vida e sobre como um par lhe deixou deprimido na noite anterior. Há quem fale o que não quer falar e acaba escutando o que nunca quis ouvir. Existem também os que falam pois algo ''tem'' que ser dito, de acordo com a pressão da rede social.

Incomodando a quem incomodar, eu falo por AQUELES que não tem voz ativa, os quais são calados pelo homem ''bom''. Eu falo pelos que nos ensinariam se deixássemos. Eu falo por nossos irmãos, que incondicionalmente continuariam nos amando se não interrompêssemos suas vidas. Eu falo por eles...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Jantar no trabalho

Olá terráqueos,

Trabalho à noite em um hotel 5 estrelas na capital carioca e a única refeição feita lá é o jantar.

O refeitório, se chama ''Salsa e Cebolinha" e seu símbolo são estas 2 personagens felizes e contentes, ainda que sejam usufruidas nos pratos dos funcionários. O mesmo acontece quando o caso é o franguinho feliz da Sadia, ou com a vaquinha feliz da Parmalat, etc, quando os vimos nas propagandas aqui no Brasil e em casos similares mundo afora. No entanto, a grande maioria não vê diferença entre todos esses citados. São todos alimentos, independente de onde vieram, como foram processados e como foram parar nas prateleiras dos supermercados.

Ao sentar-me à mesa, sou coumente perguntado sobre o porquê de não haver uma ''carninha'' no meu prato. O esteriótipo do vegetariano ''chato''(aquele que prega o vegetarianismo) morre a cada instante que vários ''carniceiros'' se aproximam com diferentes objetivos: zombar o próximo, fazer graça com a opção alheia, entre outras ''gracinhas''. Com o tempo, aprendi a ter jogo de cintura quando viro o alvo de chacotas. Na maioria das vezes, entro na brincadeira e mudo o foco das perguntas, fazendo-os sentir um pouco incomodados com suas dietas.

O curioso é que eu nunca abordo ninguém criticando o que eles põem no prato, tampouco conto a realidade sobre aqueles pedaços de corpos que eles saboreiam com tanta vontade. As minorias realmente são as que mais incomodam, mesmo não tendo nenhuma intenção de fazê-lo.

Um fato interessante que aconteceu semana passada foi quando um faxineiro do hotel após diversas conversas sobre nutrição e alimentação vegetariana, estava na fila do buffet junto à mim e sem mais nem menos me disse:

- Marcos, depois de ver todos os dias você sem carne no prato, fiquei tentato a comer o que você come. Só pra ver como vou me sentir.

Eu ri. Comemos à mesma mesa, envoltos numa conversa gostosa sobre facilidades e dificuldades de ser vegetariano e vegano. Me senti respeitado e vi que quando não pregamos e nem levantamos nenhuma bandeira, o interessado vem até nós e aí sim temos a oportunidade de cativá-los, da maneira correta.

Que mais e mais pessoas se sintam contagiadas pela energia vegetariana e que essa onda se espalhe pacificamente pelos refeitórios do Brasil e do mundo. Talvez um dia voltaremos a enxergar o Frango da Sadia e a Vauinha da Parmalat como nossos reais amigos, irmãos.